quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Aborto de repetição


Imunologia da Reprodução


Quando a mulher se torna grávida, o embrião contém metade das informações maternas e metade de origem paterna. É preciso que ela reconheça estas informações (antígenos de superfície HLA) como estranhas e produza anticorpos que irão bloquear a resposta imune no útero, diminuindo a rejeição ao embrião. Esta causa de aborto habitual é conhecida como aloimune (imunidade à outro indivíduo).

A Imunologia da Reprodução estuda ainda as causas autoimunes (imunidade a si próprio). As causas autoimunes são reconhecidas a partir da detecção de autoanticorpos. Não há necessidade de encontrar doença autoimune ativa. Apenas a presença destes anticorpos no sangue materno é capaz de causar aborto de repetição. Existem ainda autoanticorpos que alteram a coagulação do sangue, formando pequenos coágulos. Esta condição é conhecida como Síndrome Antifosfolípide e seu diagnóstico é feito com a dosagem dos anticorpos antifosfolipídicos (principalmente a anticardiolipina e o anticoagulante lúpico).

Utilizando testes específicos, vamos identificar casais que podem estar concebendo normalmente e abortando, bem como aqueles que concebem com fertilização in vitro, mas não conseguem levar a gravidez adiante.

A Aloimune Imunologia da Reprodução irá delinear um protocolo de tratamento que induzirá a resposta imunológica apropriada na mulher, resultando em uma gravidez com sucesso. Uma vez estabelecida a gestação, a gestante será seguida paralelamente por seu obstetra e nossa equipe.

O Programa de Imunolgia da Reprodução foi estabelecido pelo Prof. Dr. Alan Beer, na Finch University of Health Sciences, Chicago Medical School em 1987. Dr. Beer se especializou no tratamento de infertilidade, falhas de implantação e perdas gestacionais recorrentes. No Brasil, o Programa foi trazido pelo Prof. Livre Docente da Unicamp Ricardo Barini em 1993, após treinamento com Dr. Beer. Em abril de 2005, iniciam-se as atividades da Aloimune Imunolgia da Reprodução, sob responsabilidade do Prof. Manoel Sarno, com consultoria do Prof. Dr. Ricardo Barini.
A Imunologia da Reprodução divide os Problemas Imunológicos em Categorias.
Há cinco categorias de problemas Imunológicos que podem causar aborto, falhas em reprodução assistida e infertilidade.

Categoria I
Fator Aloimune
Casais que compartilham o HLA-DQ alfa.
Falta ou produção insuficiente de anticorpos bloqueadores para a gravidez e a evolução é o aborto.
O tratamento para esta categoria é a Imunoterapia com Linfócitos Paternos.

Categoria II

Síndrome Antifosfolípide e Trombofilias Hereditárias
Para o desenvolvimento da placenta e nutrição do embrião, é preciso uma conexão entre as células do embrião (trofoblastos) e da mãe (decídua).

Esta interação acontece por substâncias na superfície das células que se chamam fosfolípides. Se houver anticorpos antifosfolipídicos, esta interação não acontece de forma saudável, o que pode dificultar a manutenção da gestação. Há ainda uma tendência a formação de pequenos coágulos que dificulta a nutrição do embrião.

Isto pode ocorrer também quando há alterações genéticas que predispõe a formação destes coágulos. Estas alterações genéticas são conhecidas como trombofilias hereditárias. As mais importantes são: deficiência da Antitrombina III, da proteína C e S, as mutações dos genes da protrombina, do fator V de Leiden e da enzima metileno tetrahidrofolato redutase.
O tratamento para este problema é uso da aspirina infantil e Heparina.

Categoria III
Fator Autoimune
Presença de anticorpos contra o DNA ou produtos de degradação do DNA e isto se reflete em um resultado positivo para o Fator Anti-Núcleo (FAN).
O tratamento é a utilização de antiinflamatórios em baixas doses, como a Prednisona e Aspirina infantil.

Categoria IV
Anticorpos antiespermáticos.
O tratamento é inseminação artificial intra-uterina.

Categoria V
Atividade das células NK elevada
O tratamento é com Concentrado de Linfócitos Paternos e, caso a atividade dessas células continuem elevadas após sua administração, recomenda-se o tratamento com Imunoglobulina venosa (IgGIV).

Se você teve que se submeter a uma curetagem uterina, deve dispor de blocos de parafina com tecidos (placenta) que foram extraídos na curetagem no Departamento de Patologia do Hospital onde foi atendida. Realizando teste de imunopatologia pode ser determinado se a perda da gestação ocorreu por uma das cinco categorias de agressão imunológica. Este teste economiza dinheiro e elimina muitos dos exames de sangue que seriam necessários para diagnosticar um problema imunológico.

Se você já teve duas ou mais perdas gestacionais ou falhas em programas de reprodução assistida (fertilização in vitro com transferência de embriões), pode apresentar alterações imunológicas responsáveis pela infertilidade.


Mecanismo do Aborto / Mecanismo do Anti-Aborto


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Os exames necessários para uma avaliação complementar das causas do abortamento
de repetição e falhas em ciclos de fertilização in vitro.

PARA O CASAL

  • Prova cruzada (crossmatch)
  • Tipagem sangüínea: ABO e Rh
  • Cariótipo de sangue periférico com bandas
  • Sorologias para HIV I e II, HTLV I e II
  • Pesquisa de HbsAg e anti-HCV
  • Sorologia para Chagas e Sífilis (VDRL)

PARA A PACIENTE

  • Pesquisa de anticardiolipina e anticoagulante lúpico
  • Fator antinúcleo (FAN)
  • Antiperoxidase tireoideana e antitireoglobulina
  • Pesquisa de Mycoplasma e Chlamydia no colo uterino
  • Pesquisa de Streptococus beta hemolítico no colo uterino e na secreção vaginal
  • Sorologia para toxoplasmose e citomegalovírus
  • Prolactina sérica
  • Glicemia de jejum e pós-prandial
  • TSH e T4-livre
  • Teste de Coombs indireto
  • Dosagens de antitrombina III e das proteínas C e S
  • Dosagens das células NK (CD-3, +16, +56)
  • Pesquisa da mutação do gene do fator V de Leiden
  • Pesquisa da mutação G20210A do gene da protrombina
  • Pesquisa da mutação C677T do gene da metileno tetrahidrofolato redutase
Abortamento Habitual ou de Repetição
Aborto é definido como a perda gestacional antes de 20 semanas de gravidez ou peso fetal menor que 500 gramas . Aproximadamente 20 a 30% das gestações diagnosticadas irão evoluir para aborto espontâneo.
Abortamento Habitual, Recorrente ou de repetição é definido como três ou mais abortos espontâneos consecutivos.
Pode ser classificado em primário (mulheres que não tiveram parto) ou secundário (mulheres que já tiveram pelo menos um parto).

O Abortamento Habitual acomete entre 1 a 3 % dos casais em idade reprodutiva. Estima-se que no Brasil, um milhão de casais sofrem deste problema. Na Bahia, deve haver cerca de 100 mil casais nesta condição.

Entre as causas descritas para etiologia do Aborto Habitual podemos dividí-las em:
1) Causas genéticas
2) Causas Endócrinas
3) Causas Anatômicas
4) Causas infecciosas
5) Causas Hematológicas (trombofilias)
6) Causas Imunológicas
7) Causas Ambientais
8) Causas Desconhecidas.

1) CAUSAS GENÉTICAS
3 a 6% dos casos.
A anormalidade mais freqüente é a translocação balanceada observada no cariótipo de um dos parceiros.
Outras anormalidades cromossômicas que podem ser encontradas são: mosaicismo sexual, inversão cromossômica e cromossomos em anel.
O aconselhamento genético é essencial nesses casos.
O tratamento pode ser feito com a avaliação genético pré-implantacional do embrião.

2) CAUSAS ENDÓCRINAS
5% das causas de Aborto Habitual.
A Insuficiência do Corpo Lúteo (produção diminuída de progesterona na segunda fase do ciclo) é a principal causa deste grupo.
A suplementação de progesterona é o tratamento mais indicado.
O Diabetes Melitus descontrolado pode ser uma causa rara de Aborto Habitual.
Doenças da tireóide (hiper ou hipotireoidismo) quando bem controladas não se relacionam com Aborto Habitual. Porém, a presença de anticorpos antitireoidianos estão intimamente relacionados.
Portadoras da Síndrome dos Ovários Policísticos têm até 44% de história de aborto espontâneo. A utilização da metformina reduz estas taxas.

3) CAUSAS ANATÔMICAS
1% a 10% dos casos de Aborto Habitual.
As causas anatômicas podem ser:
Malformações uterinas (útero bicorno, didelfo ou septado)
Insuficiência istmo-cervical (Incapacidade do colo de manter a gestação)
Pólipos uterinos
Sinéquias
Miomatose uterina
Alterações anatômicas são mais relacionadas com perdas gestacionais tardias, entre 12 e 20 semanas ou trabalho de parto prematuro.
O tratamento das causas anatômicas é cirúrgico na maioria das vezes.

4) CAUSAS INFECCIOSAS
É questionável a relação entre infecções genitais por clamídia, micoplasma e ureaplasma e a elevada incidência de aborto de repetição. Podem afetar a imunologia uterina, ativando as células NK. Estão envolvidas também como causas de abortamento, a listeriose e a brucelose.
Caso seja encontrado algum agente infeccioso em pacientes com história de Abortamento Habitual, deve-se utilizar antibióticos específicos. Esta abordagem pode reduzir os casos de rotura prematura de membranas, principalmente se for realizada cerclagem em colo uterino.

5) CAUSAS HEMATOLÓGICAS
Nos últimos anos, tem-se descrito uma relação entre distúrbios da coagulação, tendência à formação de trombos no organismo (trombofilias), e maus resultados gestacionais. Entre eles, abortos de repetição e infertilidade.
Entre as trombofilias descritas como tendo relação com abortos de repetição podemos destacar as hereditárias e adquiridas.
Dentre as hereditárias, deve-se investigar:
Mutação do gene da protrombina
Mutação da enzima Metileno tetrahidrofolato redutase
Fator V Leiden
Deficiência das proteínas C e S e da antitrombina III
A trombofilia adquirida é a Síndrome Antifosfolípide
O tratamento destas causas é pela administração de Aspirina e Heparina.

6) CAUSAS IMUNOLÓGICAS
66% das causas de Aborto Habitual
Podem ser divididas em causas auto-imunes, aloimunes e síndrome antifosfolípide.
O tratamento é feito com Concentrado de Linfócitos Paternos, Aspirina, Heparina e Imunoglobulina Venosa.

7) CAUSAS AMBIENTAIS
É descrita uma maior incidência de abortos espontâneos em pessoas com hábito de ingestão excessiva de café, álcool e tabagismo. É sabido também do efeito abortivo da radiação. Gases anestésicos também parecem elevar o risco de aborto. Exercício físico parece não estar relacionado como causa de aborto precoce. Microondas, ultra-som e terminais de vídeo parecem não elevar a taxa de aborto.

8) CAUSAS DESCONHECIDAS
Vale lembrar que ainda em torno de 20 a 40% dos casos de Aborto Habitual não é possível se determinar uma causa precisa, um campo vasto para novas pesquisas.

Fonte: Aloimune

terça-feira, 27 de julho de 2010

Violência contra a mulher, Lei Maria da Penha.

Violência... Precisa acabar!

O que é violência contra a mulher?

Na definição da Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA em 1994), a violência contra a mulher é “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada”.

“A violência contra as mulheres é uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres que conduziram à dominação e à discriminação contra as mulheres pelos homens e impedem o pleno avanço das mulheres...”

Declaração sobre a Eliminação da Violência contra as Mulheres, Resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas, dezembro de 1993.

A Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos (Viena, 1993) reconheceu formalmente a violência contra as mulheres como uma violação aos direitos humanos. Desde então, os governos dos países-membros da ONU e as organizações da sociedade civil têm trabalhado para a eliminação desse tipo de violência, que já é reconhecido também como um grave problema de saúde pública.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), “as conseqüências do abuso são profundas, indo além da saúde e da felicidade individual e afetando o bem-estar de comunidades inteiras.”

De onde vem a violência contra a mulher?

Ela acontece porque em nossa sociedade muita gente ainda acha que o melhor jeito de resolver um conflito é a violência e que os homens são mais fortes e superiores às mulheres. É assim que, muitas vezes, os maridos, namorados, pais, irmãos, chefes e outros homens acham que têm o direito de impor suas vontades às mulheres.

Embora muitas vezes o álcool, drogas ilegais e ciúmes sejam apontados como fatores que desencadeiam a violência contra a mulher, na raiz de tudo está a maneira como a sociedade dá mais valor ao papel masculino, o que por sua vez se reflete na forma de educar os meninos e as meninas. Enquanto os meninos são incentivados a valorizar a agressividade, a força física, a ação, a dominação e a satisfazer seus desejos, inclusive os sexuais, as meninas são valorizadas pela beleza, delicadeza, sedução, submissão, dependência, sentimentalismo, passividade e o cuidado com os outros.

Por que muitas mulheres sofrem caladas?

Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas sofram caladas e não peçam ajuda. Para elas é difícil dar um basta naquela situação. Muitas sentem vergonha ou dependem emocionalmente ou financeiramente do agressor; outras acham que “foi só daquela vez” ou que, no fundo, são elas as culpadas pela violência; outras não falam nada por causa dos filhos, porque têm medo de apanhar ainda mais ou porque não querem prejudicar o agressor, que pode ser preso ou condenado socialmente. E ainda tem também aquela idéia do “ruim com ele, pior sem ele”.

Muitas se sentem sozinhas, com medo e vergonha. Quando pedem ajuda, em geral, é para outra mulher da família, como a mãe ou irmã, ou então alguma amiga próxima, vizinha ou colega de trabalho. Já o número de mulheres que recorrem à polícia é ainda menor. Isso acontece principalmente no caso de ameaça com arma de fogo, depois de espancamentos com fraturas ou cortes e ameaças aos filhos.

O que pode ser feito?

As mulheres que sofrem violência podem procurar qualquer delegacia, mas é preferível que elas vão às Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher (DDM). Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.

A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados Especiais, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e em organizações de mulheres.

Como funciona a denúncia?

Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.

Dependendo do tipo de crime, a mulher pode precisar ou não de um advogado para entrar com uma ação na Justiça. Se ela não tiver dinheiro, o Estado pode nomear um advogado ou advogada para defendê-la.

Muitas vezes a mulher se arrepende e desiste de levar a ação adiante.

Em alguns casos, a mulher pode ainda pedir indenização pelos prejuízos sofridos. Para isso, ela deve procurar a Promotoria de Direitos Constitucionais e Reparação de Danos.

A lei MAria da Penha

A lei alterou o Código Penal Brasileiro e possibilitou que agressores de mulheres no âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada, estes agressores também não poderão mais ser punidos com penas alternativas, a legislação também aumenta o tempo máximo de detenção previsto de um para três anos, a nova lei ainda prevê medidas que vão desde a saída do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação da mulher agredida e filhos.


Resumo de Pontos Importantes da Lei 11.340

PONTOS IMPORTANTES

1. Se aplica à violência doméstica que cause morte, lesão, sofrimento físico (violência física), sexual (violência sexual), psicológico (violência psicológica), e dano moral (violência moral) ou patrimonial (violência patrimonial);

1.1.No âmbito da unidade doméstica, onde haja o convívio de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;

1.2.No âmbito da família, formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa.

1.3.Em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação;

2. Se aplica também às relações homossexuais (lésbicas);

3. A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor;

4.Quando a agressão praticada for de pessoa estranha, como por exemplo vizinho, prestador de serviço ou médico, continuam os velhos TERMOS CIRCUNSTANCIADOS;

5. Garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário;

6.Informar à ofendida os direitos a ela conferidos;

7. Feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade, de imediato:

7.1. Ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar arepresentação a termo, se apresentada;
7.2. Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato;
7.3. Remeter no prazo de 48 horas expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas;
7.4. Expedir guia de exame de corpo de delito e exames periciais;
7.5. Ouvir o agressor e testemunhas;
7.6. Ordenar a identificação do agressor e juntar aos autos sua folha de antecedentes;

8. O pedido da ofendida deverá conter: qualificação da ofendida e do agressor, nome e idade dos dependentes, descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida, e cópia de todos os documentos disponíveis em posse da ofendida;

terça-feira, 6 de julho de 2010

Automedicação e seus riscos





A automedicação é a prática de ingerir substâncias medicamentosas sem o acompanhamento de um profissional. Ela ocorre quando o indivíduo tem algum sintoma e decide tratar-se sem consultar um médico ou quando é medicado por outra pessoa não habilitada para isso, como amigos e familiares.

Analgésico, antigripal, anti-inflamatório... Remédios que podem resolver uma simples dor de cabeça, podem até matar. Tomar remédios por conta própria pode trazer diversos efeitos colaterais. Alguns, no entanto, só aparecem mais tarde.

Apontamos aqui, três situações de risco da auto-medicação:

A primeira é o efeito acumulativo, quando uma pessoa consome grande quantidade de um determinado remédio por muito tempo. Como exemplo, o princípio ativo corticóide, encontrado em anti-alérgicos. O medicamento, nesse caso, além de combater o antígeno da doença, extermina também as células imunológicas, enfraquecendo o sistema de defesa do organismo.

Outra situação de risco é a superdosagem que pode causar intoxicações graves e provocar reações adversas.

Por último, o risco da baixa dosagem. Nos antibióticos, por exemplo,a dosagem menor do que a necessária, em vez de destruir, acaba dando resistência à bactéria e o medicamento fica sem efeito.

O uso indiscriminado de medicamentos é motivo de preocupação para as autoridades de vários países. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o percentual de internações hospitalares provocadas por reações adversas a medicamentos ultrapassa 10%.

Ao invés do médico, balconistas de farmácias, amigos, familiares e conhecidos indicam medicamentos e soluções milagrosas para as mais diversas doenças. Na maioria das vezes, o usuário desconhece ou desrespeita as indicações de armazenagem e dosagem dos medicamentos. Além disso, quem recorre à automedicação não sabe identificar ou não fica atento a possíveis efeitos colaterais do produto. Apenas o médico sabe definir se o paciente poderá apresentar alguma reação alérgica a determinada droga e qual é a dosagem indicada para cada pessoa.

RISCOS ALTOS

Dosagens superiores à recomendada ou o uso simultâneo de dois ou mais remédios podem sobrecarregar o organismo e causar problemas em órgãos como o fígado, os rins e o coração. Mesmo medicamentos considerados corriqueiros, como a aspirina, podem provocar gastrites ou alergias se usados em excesso ou de forma incorreta. Antibióticos inadequados podem causar efeitos ainda mais devastadores.

Percebemos que redutores de colesterol, analgésicos, tranquilizantes, antidepressivos, controladores de apetite, antiácidos, antiinflamatórios e anti-hipertensivos são alguns dos medicamentos mais utilizados, sem orientação médica. É importante ressaltar que alguns desses medicamentos podem, inclusive, causar dependência. Esses remédios são utilizados para tratar males comuns, como ansiedade, depressão, estafa, colesterol elevado, fadiga, dor muscular, dor de cabeça, gripes, azia, hipertensão. Problemas que, em geral, podem ser evitados com a adoção de um estilo de vida mais saudável, boa alimentação e prática de exercícios físicos regulares.

Os medicamentos devem ser utilizados apenas quando houver uma indicação clara e precisa do médico. O diagnóstico errado das doenças, utilização de dosagem insuficiente ou excessiva, aparecimento de efeitos indesejáveis graves ou de reações alérgicas são apenas alguns dos riscos causados pela automedicação.


Os medicamentos são elementos essenciais à melhoria e manutenção do bem-estar físico e mental das pessoas. Por isso, devemos utilizá-los apenas quando houver uma indicação clara e precisa,segundo critérios científicos.

O diagnóstico errado das doenças, utilização de dosagem insuficiente ou excessiva, aparecimento de efeitos indesejáveis graves ou de reações alérgicas são apenas alguns dos riscos causados pela automedicação, um dos graves problemas de saúde do nosso país e que deve ser evitado por todos.

POIS PODE CAUSAR AGRAVAMENTO DE DOENÇAS OU LEVAR À MORTE.


De modo geral, as pessoas não têm a experiência necessária para reconhecer distúrbios, avaliar sua gravidade e escolher a terapêutica mais adequada para o caso. Vale ressaltar também que os medicamentos derivados de plantas medicinais também podem ser prejudiciais se usados de maneira inadequada.

CONSULTE SEMPRE SEU MÈDICO!

Sua SAÚDE é responsabilidade sua, a indicação da medicação correta para isso, é DELE.


segunda-feira, 5 de julho de 2010

Queda de Cabelo

QUEDA DE CABELO FEMININO
O susto pode ser maior que o problema

Se um quadro de alopecia (queda de cabelos) incomoda bastante aos homens, nas mulheres atinge de forma especial a auto-estima porque o embelezamento dos cabelos é muito curtido e considerado um aspecto fundamental da vaidade feminina.

Muitas vezes a preocupação com a queda é exagerada, explica a dermatologista Denise Chambarelli, já que é normal que os cabelos caiam e nasçam em proporções semelhantes. A tendência é se observar apenas os que caem durante a escovação e a lavagem, sem se levar em conta os fios que estão nascendo.

Estima-se que, em média, perde-se aproximadamente de 50 a 100 fios por dia. Parece muito, mas não é, tendo em vista que cada indivíduo normal possui entre 50 a 100 mil fios de cabelo.

Mas, quando a suspeita de queda anormal persiste, é preciso consultar um dermatologista para identificar a causa e indicar o tratamento adequado, diz a médica. As chances femininas de recuperação são maiores que as masculinas porque a perda de cabelo na mulher tem razões mais variadas, além de se manifestar de forma diferente.

A calvície de padrão feminino, em geral, produz uma rarefação de cabelo na frente, nas laterais e na coroa. Raramente, evolui para uma perda total do cabelo.

Prováveis causas

A genética, afirma Denise, é o fator mais determinante para a perda de cabelos, tanto nos homens quanto nas mulheres. Chamada de Alopecia Androgenética, responde pela maioria dos casos de calvície no homem e de afinamento do cabelo nas mulheres, principalmente após a menopausa.

Nos homens, geneticamente predispostos, a calvície pode se manifestar logo aos 20 anos, mostrando sinais clássicos como as “entradas” e a rarefação de fios no alto da cabeça. Há aqueles que aos 30 anos só têm uma coroa de cabelos à volta da cabeça.

Na Alopecia Androgenética Feminina (AAF) ocorre uma rarefação dos fios principalmente na linha que divide o couro cabeludo em duas metades, direita e esquerda. Esta tendência acentua-se no período que antecede a menopausa, quando os hormônios femininos diminuem em número e eficácia. Assim, a redução progressiva na produção de estrógeno pode provocar, entre outros efeitos, a queda de cabelos, mas a reposição hormonal também pode ajudar na sua recuperação.

As alterações hormonais podem acontecer mais cedo em razão da gravidez ou do uso de anticoncepcionais, lembra a dermatologista. Após o parto, o nível de progesterona diminui, o que predispõe à queda de cabelos. Problemas na tireóide ou hipófise também provocam disfunção hormonal e trazem entre as conseqüências, perda capilar.

O estresse emocional intenso, gerado por um fato marcante ou traumático, como uma cirurgia, um acidente, a morte de uma pessoa querida, ou até pelo período pós-parto, neste caso, agravado pelo fator hormonal, também pode dar origem à perda aguda e muito intensa de cabelo, durante dois, três meses. O estresse causa uma grande redução do crescimento dos folículos, que entram em fase de “descanso”, voltando a crescer depois que a fase passa.

Doenças febris, geralmente provocadas por infecções bacterianas, hemorragias e até dietas drásticas para emagrecimento rápido também são desencadeadores de uma perda temporária anormal, ocasionada pela carência de proteínas e hipovitaminose A, B e C. Nestes casos, a alimentação adequada traz de volta o equilíbrio do organismo.

Há ainda os tratamentos contra o câncer, em que a radioterapia e a quimioterapia promovem a perda súbita de cabelos, mas o quadro, geralmente, se reverte, quando cessam as aplicações.

As doenças crônicas como lupus eritematoso, artrite reumática, diabetes mellitus, infecções graves, etc. são outras causas de perda. Nestes casos, é necessário o tratamento da doença de base em associação com o tratamento dermatológico para que haja bom resultado.

Tratamento

Em relação ao tratamento, em geral, é longo e exige paciência e persistência. “Um tratamento anti-queda demora alguns meses, podendo durar até dois anos, embora se possa observar resultados já nos primeiros meses”.

Disfunção hormonal

Disfunção hormonal: vilã que ataca em silêncio!

Quilinhos a mais, suor excessivo ou cabelo sem vida. Antes de procurar qualquer alternativa estética, fique de olho, você pode ser vítima dela


Várias pesquisas científicas alertam as mulheres para um dado alarmante: estima- se que hoje uma a cada 15 mulheres desenvolve algum tipo de disfunção hormonal em seu organismo. E o mais chocante é que a maioria delas nem sabe que essas doenças existem.

Cabelos opacos, pele ressecada, perda ou ganho de peso sem motivo
aparente, menstruações desreguladas, tudo isso pode ser sintoma de um possível descontrole hormonal. Essas alterações podem ser desencadeadas por diversos motivos, mas sempre ligados a um fator determinante: a genética.

Segundo o endocrinologista Régis Salgado, conhecido por ser o médico de famosas como Luciana Gimenez, Iris Stefanelli e Sonia Abrão, “O descontrole hormonal pode acontecer em qualquer faixa etária e classe social. A grande explicação para o aparecimento do problema é a hereditariedade”, explica.

Há ainda sintomas mais difícieis de lidar, como depressão, irritabilidade, sensibilidade ao frio e baixa libido. Apesar de não refletirem diretamente na estética, afetam as relações pessoais e o rendimento no trabalho.

De acordo com um estudo realizado pelo Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, 22% das mulheres de todas as idades tem problemas com relação ao desejo sexual. Na faixa de mais de 50 anos o índice salta para 40%. “Quando essa falta de desejo ultrapassa os seis meses, torna-se importante investigar a causa e procurar tratamento, já que pode indicar uma disfunção da tireoide”, indica a psicóloga Carmita Abdo, coordenadora do projeto.

Como cada organismo reage de uma forma, muitas vezes a mulher procura dezenas de médicos antes de encontrar um diagnóstico preciso. Isso porque muitos profissionais acabam se baseando apenas nos resultados laboratoriais, sem avaliar a fundo as reações visíveis do corpo, por exemplo.

“É preciso avaliar cada caso. Se uma paciente está com os exames normais, mas relata alterações físicas e psicológicas compatíveis com uma disfunção hormonal, sem dúvida vou levar em consideração essa avaliação para tratar a doença”, conta Dr. Régis Salgado, especialista em metabolismo e emagrecimento.

“É comum as pacientes chegarem ao consultório tomando medicamentos para depressão, tristeza e cansaço, o que mascara os sintomas da disfunção hormonal. O melhor conselho é buscar sempre um diagnóstico preciso de quem procura entender o corpo como um todo e não por partes”.

Causas e consequências

Ainda não é possível evitar que o corpo entre em desordem hormonal, mas alguns hábitos podem ajudar a potencializar os sintomas. “Fumo, consumo de bebidas alcoolicas e uso de pílula anticoncepcional não são, na prática, causas de desequilíbrios hormonais, mas influenciam de maneira negativa a doença”, explica Régis Salgado.

No entanto, o vilão da vida moderna tem uma posição de destaque como agente desencadeador das disfunções: o estresse. “O cortisol que circula no organismo da pessoa estressada é um hormônio produzido pelas suprarrenais e afeta o sistema imunológico, além de aumentar a pressão arterial e a glicose no sangue. Se o corpo fica mais propenso a doenças, também se torna mais frágil aos problemas hormonais”, revela.

Quanto ao tratamento, o médico revela: “Infelizmente, a medicina ainda não está tão evoluída a ponto de conseguir estimular uma glândula a produzir hormônio. Logo, problemas como o hipotireoidismo são tratados com reposição hormonal, o que faz com que seja preciso encontrar uma dose adequada individualmente”.

A gravidez também pode provocar um descontrole hormonal. De acordo com o ginecologista e obstetra Linderman Alves Vieira, chefe da Maternidade Carmela Dutra (RJ), no caso da gestação, o ciclo menstrual é suspenso por muito tempo e o corpo é exposto a outros hormônios além da progesterona e do estrógeno, como a prolactina, responsável pela produção de leite.

Todas as mudanças podem causar uma confusão no organismo, que ao tentar retomar o ciclo natural da mulher, pode acabar desregulado. No caso da Síndrome do Ovário Policístico, somente depois de dois anos da primeira menstruação é que seu diagnóstico pode ser feito.

Um agravante ao tratamento da doença é a grande porcentagem de pacientes que apresentam resistência à insulina, podendo até levar à
diabetes. Pensando nisso, a obesidade tem lugar de destaque como agente agravante da doença: pessoas obesas têm o risco de se tornarem diabéticas em até 90% dos casos.

Diagnóstico Preciso

Se você tiver algum tipo de dúvida de que seus hormônios estão em ordem, consulte imediatamente um endocrinologista. Ele vai te pedir um exame de sangue chamado TSH e T4, para avaliar se suas taxas hormonais estão mesmo de acordo. Caso a dúvida seja a respeito da Síndrome dos Ovários Policísticos, o mais indicado é procurar um ginecologista.

Para detectar a doença e saber se há modificações estruturais nos ovários, é necessário fazer exames de imagens, como a ultrassonografia. Hoje em dia, os diagnósticos mais precisos são feitos com aparelhos mais modernos, como o ultrassom Doppler colorido. O exame é muito preciso, pois consegue visualizar a circulação do sangue nos ovários dando clareza ao diagnóstico.

Agora, se você foi diagnosticada com algum tipo de disfunção hormonal, não se desespere. O mais indicado é seguir com o tratamento específico para o seu caso, e assim voltar a ter uma vida normal. Ninguém precisa se sentir condenada por tomar uma medicação pelo resto da vida, afinal, o que importa é a qualidade de vida restabelecida pelo medicamento.

>> Nutrição funcional: uma forma natural de amenizar os sintomas

A melhor maneira para controlar os sintomas de qualquer doença é ter uma alimentação balanceada e feita de acordo com as necessidades do organismo da paciente.

“O tratamento nutricional funcional auxilia na prevenção de patologias associadas à síndrome dos ovários policísticos e ajuda a restabelecer o equilíbrio bioquímico do organismo da mulher, sempre levando em consideração a individualidade de cada uma”, explica a nutricionista clínica funcional Daniela Jobst.

“Uma dieta com baixa ingestão de gorduras saturadas, rica em fibras e em alimentos antioxidantes e com baixo índice glicêmico, é uma ótima escolha para as pacientes. Esse tipo de alimentação, em curto prazo, reduz os sintomas, e em longo prazo, diminui as chances de a mulher ter as doenças ligadas à sensibilidade a insulina”, afirma Daniela.

No caso de quem possui problemas de tireoide, é recomendável fazer uma suplementação com as chamadas “gorduras do bem”, contidas em alimentos como salmão, atum, sardinha e castanhas, que contêm ômega 3 e 6.

>> Conheça os distúrbios hormonais mais comuns

Tireóide

A disfunção na tireoide, uma glândula em forma de borboleta que fica na base do pescoço, é muito comum nas mulheres. Acredita-se que pelo menos 20% da população feminina sofra com o mau funcionamento da glândula responsável pela produção dos hormônios que regulam o organismo.

Existem vários tipos de alterações da tireoide, os mais frequentes são o hipotireoidismo e o hipertireoidismo.

Hipotireoidismo: problema mais comum ligado à tireoide. Caracteriza-se pela diminuição ou falta de produção do hormônio T4.
Sintomas: ganho de peso, cansaço, alteração do ciclo menstrual, pele oleosa, sensibilidade ao frio, queda e quebra de cabelo, sonolência, depressão e fragilidade das unhas.
Tratamento: reposição hormonal com controle pelo resto da vida.

Hipertireoidismo: é menos comum e mais grave, pois pode levar a problemas cardíacos e até a morte. Caracteriza-se pela superprodução dos hormônios T3 e T4.
Sintomas: emagrecimento rápido e sem motivo, exoftalmia (“olhar assustado”), taquicardia, irritabilidade, hiperatividade alterações no humor e pele ressecada.
Tratamento: injeção de um neurotransmissor para bloquear o funcionamento exagerado da tireóide.

Ovários

Síndrome dos Ovários Policísticos: trata-se de uma desordem complexa e multigênica que afeta a regulação e a produção dos hormônios sexuais femininos. Pode causar infertilidade e aumenta o risco de diabetes, síndrome metabólica, doenças vasculares, câncer do endométrio e obesidade.

Acredita-se que cerca de 15% da população feminina seja afetada pela doença, que costuma se manifestar na adolescência. Sintomas: menstruação irregular, pele oleosa e acneica, queda de cabelo e crescimento de pelos no rosto, no peito e no abdômen.

Tratamento: reposição hormonal por meio de pílula anticoncepcional é o método mais comum, mas o anel vaginal e a injeção hormonal também podem ser indicados em alguns casos. A operação é recomendada como a última opção, somente em casos urgentes, quando após ou durante o tratamento não há evolução.

Karla V. Fraga

Nova Lei para planos de saúde.

Segundo a Agência Nacional de Saúde Complementar ( ANS)

As consultas anuais com alguns profissionais aumentaram. Serão cobertas 40 sessões com psicólogos, 12 com nutricionistas e 24 com fonoaudiólogos. O PET Scan, exame para detecção de câncer, e o transplante de medula óssea também terão que ser cobertos. Assim como outros tratamentos também foram incluídos na lista.

Claro que esses números não são ideais.

Mas essas alterações mostram que de alguma forma as campanhas, como a da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, dão certo e que devemos continuar brigando por nossos direitos.

CONSULTAS AMPLIADAS:(ano)

Fonoaudiólogo de 6 para 24
Nutricionista de 6 para 12
Terapia ocupacional de 6 para 12
Psicólogo de 6 para até 40

Cirurgias por vídeo no torax: são 26 novas cirurgias cobertas por esse método;

Exames laboratoriais: mais 17 exames adicionados a listagem;

Exames de genética: alterações cromossômicas em Leucemia;

Promoção à saúde e prevenção de doenças;

Transplante de medula óssea;

Saúde mental: o atendimento de hospital dia, tornou-se ilimitado, como alternativa a internação;

Odontologia:ao atendimento se inclui colocação de coroa e bloco;

Novas tecnologias, como: PET- SCAN oncolólico e oxigenoterapia hiperbárica.

PET- SCAN oncológico:Indicado no tratamento de câncer pulmonar,de células não pequenas. Também aplicado no tratamento de Linfomas.
OXIGENOTERAPIA: Aplicá- se ao tratamento de doenças no caso em que o maior aporte de oxigênio, é benéfico.

Se o seu plano de saúde ainda não cobre os procedimentos mínimos, denuncie. A ONG Saúde Legal pode dar respaldo jurídico gratuito.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Momento piada

TRAIÇÃO À MINEIRA: SÓ 3 VEIZ!!!

Mineirim no leito de morte, decidiu ter uma conversa definitiva com a sua companheira de toda a vida sobre a fidelidade da mesma:

- Muié, pode falá sem medo... já vô morrê mess e prifiro sabê tudim direitim...
- Ocê arguma veiz traiu eu?
- Ô Zé, num fala dessas coisa que eu tenho vergonha....
- Pode falá muié....
- Quero não...
- Fala muié, disimbucha...
- Mió dexá pra lá, Zé.
- Vai, conta...
- Queto Zé, morre em paz...

Depois de muita insistência ela resolveu abrir o jogo:

- Tá bão Zé, vou contá, mais num mi responsabilizo...
- Pode contá.
- Ói Zé, traí sim, mas foi só trêis veiz.
- Intão conta sô! Trêis veiz nessa vida toda até qui num foi muito!
- A primera foi quando cê foi demitido daqueli imprego qui ce brigou cum chefe.
- Ué, mas eu fui adimitido dinovo logo dispôis sô..
- Pois é Zé...eu fui lá cunversá cum ele, acabei dano prêle e ele t i contratô di vorta.
- Ah, muié, cê foi muito boa cumigo...essa traição num dá nem pra leva a mar, foi pela necessidade da nossa famía...tá perdoada. E a segunda?
- Lembra quando cê foi preso pru modi daquele furdunço que cê prontô na venda?
- Lembro muié, mas num fiquei nem meio dia na cadeia.
- Pois é Zé...eu fui lá cunversá cum delegado e acabei dano prêle ele ti sortá.
- Ê muié, isso nem conta também não, a carza foi justa...imagina ficá preso lá um tempão. Ocê nem me traiu, foi pela nossa famía e pela minha liberdade, uai. E a úrtima?
- Lembra quando cê si candidatô pra vereadô?
- Lembro muié...quase me elegi.
- Pois é.... eu qui consegui aqueles 1.752 voto...

Doenças sexualmente transmissíveis DST's

Sexo seguro

Sexo seguro é o sexo sem o risco de ser contaminado ou contaminar o(a) seu(sua) parceiro(a) com doenças sexualmente transmissíveis.
Esta segurança só poder ser atingida através do sexo monogâmico com
parceiro(a) sabida e comprovadamente sadio(a) ou quando o sexo é realizado sem o contato ou troca de fluidos corpóreos como esperma, secreção vaginal e sangue.
A segunda situação é obtida através do uso da camisinha, camisa-de-vênus, condom (do latim condare, que significa "proteger") ou preservativo.
É necessário observar que o uso da camisinha, apesar de proporcionar excelente proteção, não proporciona proteção absoluta (ruptura, perfuração, deslizamento, colocação inadequada etc).
É importante informar também que a proteção proporcionada pelo uso da camisinha é relativo nas doenças em que não ocorrem secreções genitais: Herpes, HPV, Sífilis, Cancro Mole, Pediculose do Pubis etc, uma vez que o agente transmissor pode estar localizado fora da área protegida pelo preservativo.
A camisinha é um objeto de material elástico, derivado da borracha (látex), relativamente resistente que envolve os genitais masculinos (mais usado) ou femininos durante o coito, impedindo o já citado contacto entre os fluidos corpóreos das pessoas que estão praticando o relacionamento íntimo.
Além da proteção contra as DST os preservativos constituem um método anticoncepcional seguro, quando usados adequadamente.
O mercado diversificou muito a industrialização das camisinhas. Hoje encontramos camisinhas texturizadas, com formatos especiais, coloridas, lubrificadas, com perfume, sabor, etc.

Pratique sexo seguro

CAMISINHA - COMO UTILIZAR


Escolha uma marca de confiança. Carregue-a sempre com você. É recomendável ter uma ou mais unidades de reserva. Conserve-as protegidas do calor e utilize-as sempre dentro do prazo de validade.
Abra delicadamente a embalagem, cuidando para que esta operação não a danifique.
A colocação deverá ser feita com o pênis em ereção (duro). O prepúcio (pele) deverá estar tracionado e a glande (cabeça do pênis) exposta.
Deixe um pequeno espaço na ponta da camisinha. Isto é importante e pode ser conseguido comprimindo-se a extremidade da camisinha entre o polegar e o indicador e mantendo-os assim enquanto a coloca.
Encoste a camisinha enrolada na ponta da glande e desenrole-a até a base do pênis.
Se a camisinha não for lubrificada, utilize somente lubrificantes a base de água, os quais deverão ser aplicados sobre o pênis antes da colocação e/ou diretamente na camisinha após colocada.
Após o uso retire a camisinha. Dê um nó na extremidade aberta e jogue-a no lixo. Camisinha é descartável, deve ser usada somente uma vez.
No caso da camisinha romper-se ou sair durante o coito, despreze-a e coloque uma nova.

Gravidez e DST's

A gravidez não confere à mulher e seu bebê nenhuma proteção especial em relação às doenças sexualmente transmissíveis, podendo ela
infectar-se pelas mesmas doenças que acometem as mulheres não grávidas. Na gravidez, ao contrário, a mulher fica até mais suscetível à infecções pois, nesta condição, ocorre fisiologicamente (naturalmente) uma diminuição nos mecanismos de defesa do seu organismo.
Os cuidados em relação a uma possível contaminação por alguma DST devem ser redobrados pois, além de preocupar-se com a sua proteção, a mulher grávida deve dedicar-se a proteger também a criança que está sendo gerada, com um outro problema a ser também considerado, que é a limitação ao uso de alguns medicamentos no período gestacional, em razão de potenciais efeitos nocivos sobre o feto.
Muitas DSTs que afetam as mulheres são silenciosas, ou seja, não apresentam sinais ou sintomas, cursando sem a mulher saber que está doente, estando aí mais uma razão da importância da realização de um bom acompanhamento pré-natal.

Possíveis consequências para a mulher:
Uma grávida que "pega" uma DST pode apresentar, as seguintes possíveis consequências tanto para a gestação em andamento quanto para a sua saúde futura: parto prematuro, ruptura prematura da placenta, doença inflamatória pélvica (DIP), hepatite crônica, câncer do colo do útero, infertilidade etc.

Possíveis consequências para o bebê:
A mulher grávida pode transmitir para o seu filho (transmissão vertical) várias doenças adquiridas sexualmente. Essa transmissão pode ocorrer antes, durante ou depois do nascimento.
O vírus HIV e o treponema (agente da sífilis), por exemplo, podem infectar o feto ainda no interior do útero, em razão da sua capacidade de atravessar a placenta.
Outras DSTs, como a gonorréia, clamídia, herpes etc podem ser transmitidas para o bebê no nascimento, no momento de sua passagem pelo canal do parto.
O vírus HIV pode ainda ser transmitido ao bebê após o nascimento, através da amamentação.
As consequências para o bebê podem ser graves: conjuntivite, pneumonia, sepsis neonatal, cegueira, surdez, meningite, hepatite, baixo peso ao nascer, morte (natimorto) etc.

Pré-Natal
Alguns destes problemas podem ser evitados se a mãe faz acompanhamento pré-natal de rotina, o qual deve incluir exames para detecção de DSTs no início da gravidez e, se necessário, repeti-los próximo ao parto. Outros problemas ainda podem ser evitados se a infecção for detectada no momento do parto.
Exames que devem ser feitos rotineiramente no início do pré-natal: sífilis, HIV, Hepatite, além de exames para detecção da gonorréia, clamídia, trichomonas etc

O Ministério da Saúde recomenda que sejam feitos pelo menos dois testes de HIV e de sífilis durante o pré-natal.

Tratamento:
Doenças como a gonorréia, sífilis, tricomoníase, clamídia, assim como as vaginoses bacterianas, podem ser tratadas e curadas com antibióticos durante a gravidez.

Não há cura para as DSTs virais como herpes genital e HIV, mas o uso de medicamentos antivirais podem reduzir os sintomas nas mulheres grávidas.
As mulheres cujas provas de detecção da hepatite B foram negativas, podem receber vacina contra a hepatite B durante a gravidez.

Prevenção:
A maneira mais segura da mulher evitar o contágio de doenças sexualmente transmissíveis é o de ter uma relação duradoura, mutuamente monogâmica, com parceiro sabida e comprovadamente sadio.
As camisinhas, quando usadas corretamente, são muito eficazes para evitar a transmissão do HIV. Da mesma forma, podem reduzir o risco de transmissão de gonorréia e das vaginites ou uretrites não gonocócicas (infecção por clamídia, trichomonas, etc).
As camisinhas podem reduzir também o risco de transmissão de herpes genital, sífilis e cancro mole somente se a área infectante estiver protegida, isto é, recoberta pelo preservativo.
Embora se desconheça precisamente o efeito da camisinha na prevenção da infecção pelo HPV, há trabalhos médicos associando o uso do preservativo a uma taxa menor de câncer cervical, que é, como se sabe, uma patologia relacionada com a infecção por esse vírus.
Já existe vacina contra os tipos 6,11,16 e 18 do HPV, para meninas e mulheres de 9 a 26 anos que não tenham a infecção. A vacina confere proteção contra os tipos de vírus citados acima, os quais são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero e 90% dos casos de verrugas (condilomas) genitais.
Na presença de lesões ativas do herpes genital, uma cesariana pode ser indicada com a finalidade de proteger o recém-nascido de uma possível contaminação na sua passagem pelo canal do parto.
Nos países desenvolvidos, a administração de drogas anti-retrovirais em paciente soro-positivas somados à indicação de cesariana programada e a proibição da amamentação materna reduziram significativamente a transmissão vertical do HIV, com a consequente diminuição da incidência de AIDS em recém-nascidos.


Sífilis ( cancro duro )

Conceito

Doença infecto-contagiosa sistêmica (acomete todo o organismo), que evolui de forma crônica (lenta) e que tem períodos de acutização (manifesta-se agudamente) e períodos de latência (sem manifestações). Pode comprometer múltiplos órgãos (pele, olhos, ossos, sistema cardiovascular, sistema nervoso). De acordo com algumas características de sua evolução a sífilis divide-se em Primária, Secundária, Latente e Terciária ou Tardia. Quando transmitida da mãe para o feto é chamada de Sífilis Congênita.
O importante a ser considerado aqui é a sua lesão primária, também chamada de cancro de inoculação (cancro duro), que é a porta de entrada do agente no organismo da pessoa.

Sífilis primária: trata-se de uma lesão ulcerada (cancro) não dolorosa (ou pouco dolorosa), em geral única, com a base endurecida, lisa, brilhante, com presença de secreção serosa (líquida, transparente) escassa e que pode ocorrer nos grandes lábios, vagina, clítoris, períneo e colo do útero na mulher e na glande e prepúcio no homem, mas que pode tambem ser encontrada nos dedos, lábios, mamilos e conjuntivas. É frequente também a adenopatia inguinal (íngua na virilha) que, em geral passa desapercebida. O cancro usualmente desaparece em 3 a 4 semanas, sem deixar cicatrizes. Entre a segunda e quarta semanas do aparecimento do cancro, as reações sorológicas (exames realizados no sangue) para sífilis tornam-se positivas.

Sífilis Secundária: é caracterizada pela disseminação dos treponemas pelo organismo e ocorre de 4 a 8 semanas do aparecimento do cancro. As manifestações nesta fase são essencialmente dermatológicas e as reações sorológicas continuam positivas.

Sífilis Latente: nesta fase não existem manifestações visíveis mas as reações sorológicas continuam positivas.

Sífilis Adquirida Tardia: a sífilis é considerada tardia após o primeiro ano de evolução em pacientes não tratados ou inadequadamente tratados. Apresentam-se após um período variável de latência sob a forma cutânea, óssea, cardiovascular, nervosa etc. As reações sorológicas continuam positivas também nesta fase.

Sífilis Congênita: é devida a infecção do feto pelo Treponema por via transplacentária, a partir do quarto mes da gestação. As manifestações da doença, na maioria dos casos, estão presentes já nos primeiros dias de vida e podem assumir formas graves, inclusive podendo levar ao óbito da criança.

Sinônimos
Cancro duro, cancro sifilítico, Lues.

Agente
Treponema pallidum

Complicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Infecções peri e neonatal. Sífilis Congênita. Neurossífilis. Sífilis Cardiovascular.

Transmissão
Relação sexual (vaginal anal e oral), transfusão de sangue contaminado, transplacentária (a partir do quarto mês de gestação). Eventualmente através de fômites.

Período de Incubação
1 semana à 3 meses. Em geral de 1 a 3 semanas.

Diagnóstico
Pesquisa direta do agente nas lesões. Exames sorológicos (VDRL, FTA-ABS etc)

Tratamento
Medicamentoso. Com cura completa, se tratada precoce e adequadamente.

Prevenção
Camisinha pode proteger da contaminação genital se a lesão estiver na área recoberta. Evitar contato sexual se detectar lesão genital no(a) parceiro(a).


Cancro Mole

Conceito
Ulceração (ferida) dolorosa, com a base mole, hiperemiada (avermelhada), com fundo purulento e de forma irregular que compromete principalmente a genitália externa mas pode comprometer também o ânus e mais raramente os lábios, a boca, língua e garganta. Estas feridas são muito contagiosas, auto-inoculáveis e portanto, frequentemente múltiplas. Em alguns pacientes, geralmente do sexo masculino, pode ocorrer infartamento ganglionar na região inguino-crural (inchação na virilha). Não é rara a associação do cancro mole e o cancro duro (sífilis primária).

Sinônimos
Cancróide, cancro venéreo simples, "cavalo"

Agente
Haemophilus ducreyi

Complicações/Consequências
Não tem. Tratado adequadamente, tem cura completa.

Transmissão
Relação sexual

Período de Incubação
2 à 5 dias

Diagnóstico
Pesquisa do agente em material colhido das lesões.

Tratamento
Antibiótico.

Prevenção
Camisinha. Higienização genital antes e após o relacionamento sexual. Escolha do(a) parceiro(a).


Candidíase

Conceito
A candidíase, especialmente a candidíase vaginal, é uma das causas mais frequentes de infecção genital. Caracteriza-se por prurido (coceira), ardor, dispareunia (dor na relação sexual) e pela eliminação de um corrimento vaginal em grumos brancacentos, semelhante à nata do leite. Com frequência, a vulva e a vagina encontram-se edemaciadas (inchadas) e hiperemiadas (avermelhadas). As lesões podem estender-se pelo períneo, região perianal e inguinal (virilha). No homem apresenta-se com hiperemia da glande e prepúcio (balanopostite) e eventualmente por um leve edema e pela presença de pequenas lesões puntiformes (em forma de pontos), avermelhadas e pruriginosas. Na maioria das vezes não é uma doença de transmissão sexual. Em geral está relacionada com a diminuição da resistência do organismo da pessoa acometida. Existem fatores que predispõe ao aparecimento da infecção : diabetes melitus, gravidez, uso de contraceptivos (anticoncepcionais) orais, uso de antibióticos e medicamentos imunosupressivos (que diminuem as defesas imunitárias do organismo), obesidade, uso de roupas justas etc.

Sinônimos
Monilíase, Micose por cândida, Sapinho

Agente
Candida albicans e outros.

Complicações/Consequências
São raras. Pode ocorrer disseminação sistêmica (especialmente em imunodeprimidos).

Transmissão
Ocorre transmissão pelo contato com secreções provenientes da boca, pele, vagina e dejetos de doentes ou portadores. A transmissão da mãe para o recém-nascido (transmissão vertical) pode ocorrer durante o parto.
A infecção, em geral, é primária na mulher, isto é, desenvolve-se em razão de fatores locais ou gerais que diminuem sua resistência imunológica.

Período de Incubação
Muito variável.

Diagnóstico
Pesquisa do agente no material vaginal. O resuldado deve ser correlacionado com a clínica.

Tratamento
Medicamentos locais e/ou sistêmicos.

Prevenção
Higienização adequada. Evitar vestimentas muito justas. Investigar e tratar doença(s) predisponente(s). Camisinha.



Herpes simples genital

Conceito
Infecção recorrente (vem, melhora e volta) causadas por um grupo de vírus que determinam lesões genitais vesiculares (em forma de pequenas bolhas) agrupadas que, em 4-5 dias, sofrem erosão (ferida) seguida de cicatrização espontânea do tecido afetado. As lesões com frequência são muito dolorosas e precedidas por eritema (vermelhidão) local. A primeira crise é, em geral, mais intensa e demorada que as subsequentes. O caráter recorrente da infecção é aleatório (não tem prazo certo) podendo ocorrer após semanas, meses ou até anos da crise anterior. As crises podem ser desencadeadas por fatores tais como stress emocional, exposição ao sol, febre, baixa da imunidade etc.
A pessoa pode estar contaminada pelo virus e não apresentar ou nunca ter apresentado sintomas e, mesmo assim, transmití-lo a(ao) parceira(o) numa relação sexual.

Sinônimos
Herpes Genital

Agente
Virus do Herpes Genital ou Herpes Simples Genital ou HSV-2. É um DNA vírus.
Observação: Outro tipo de Herpes Simples é o HSV-1, responsável pelo Herpes Labial. Tem ocorrido crescente infecção genital pelo HSV-1 e vice-versa, isto é, infecção labial pelo HSV-2, certamente em decorrência do aumento da prática do sexo oral ou oro-genital.

Complicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Infecções peri e neonatais. Vulvite. Vaginite. Cervicite. Ulcerações genitais. Proctite. Complicações neurológicas etc.

Transmissão
Frequentemente pela relação sexual. Da mãe doente para o recém-nascido na hora do parto.

Período de Incubação
1 a 26 dias. Indeterminado se se levar em conta a existência de portadores em estado de latência (sem manifestações) que podem, a qualquer momento, manifestar a doença.

Diagnóstico
O diagnóstico é essencialmente clínico (anamnese e exame físico). A cultura e a biópsia são raramente utilizados.

Tratamento
Não existe ainda tratamento eficaz quanto a cura da doença. O tratamento tem por objetivo diminuir as manifestações da doença ou aumentar o intervalo entre as crises.

Prevenção
Não está provado que a camisinha diminua a transmissibilidade da doença. Higienização genital antes e após o relacionamento sexual é recomendável. Escolha do(a) parceiro(a).



Gonorréia

Conceito
Doença infecto-contagiosa que se caracteriza pela presença de abundante secreção purulenta (corrimento) pela uretra no homem e vagina e/ou uretra na mulher. Este quadro frequentemente é precedido por prurido (coceira) na uretra e disúria (ardência miccional). Em alguns casos podem ocorrer sintomas gerais, como a febre. Nas mulheres os sintomas são mais brandos ou podem estar ausentes (maioria dos casos).

Sinônimos
Uretrite Gonocócica, Blenorragia, Fogagem

Agente
Neisseria gonorrhoeae

Complicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Doença Inflamatória Pélvica. Infertilidade. Epididimite. Prostatite. Pielonefrite. Meningite. Miocardite. Gravidez ectópica. Septicemia, Infecção ocular (ver foto abaixo) , Pneumonia e Otite média do recém-nascido. Artrite aguda etc. Assim como a infecção por clam&iacutedia, é uma das principais causas infecciosas de infertilidade feminina.

Transmissão
Relação sexual. O risco de transmissão é superior a 90%, isto é, ao se ter um relacionamento sexual com um(a) parceiro(a) doente, o risco de contaminar-se é de cerca de 90%. O fato de não haver sintomas (caso da maioria das mulheres contaminadas), não afeta a transmissibilidade da doença.

Período de Incubação
2 a 10 dias

Diagnóstico
Exame das secreções coradas pelo Gram e/ou cultura do mesmo material.

Tratamento
Antibióticos.

Prevenção
Camisinha. Higiene pós-coito.



HPV ( codiloma Acuminado)


Conceito
Infecção causada por um grupo de vírus (HPV - Human Papilloma Viruses) que determinam lesões papilares (elevações da pele) as quais, ao se fundirem, formam massas vegetantes de tamanhos variáveis, com aspecto de couve-flor (verrugas).
Os locais mais comuns do aparecimento destas lesões são a glande, o prepúcio e o meato uretral no homem e a vulva, o períneo, a vagina e o colo do útero na mulher.
Em ambos os sexos pode ocorrer no ânus e reto, não necessariamente relacionado com o coito anal.
Com alguma frequência a lesão é pequena, de difícil visualização à vista desarmada, mas na grande maioria das vezes a infecção é assintomática ou inaparente (sem nenhuma manifestação detectável pelo paciente).

Sinônimos
Jacaré, jacaré de crista, crista de galo, verruga genital.

Agente
Papilomavirus Humano (HPV) - DNA vírus. HPV é o nome de um grupo de virus que inclue mais de 100 tipos. As verrugas genitais ou condilomas acuminados são apenas uma das manifestações da infecção pelo virus do grupo HPV e estão relacionadas com os tipos 6,11 e 42, entre outros. Os tipos (2, 4, 29 e 57) causam lesões nas mãos e pés (verrugas comuns). Outros tipos tem um potencial oncogênico (que pode desenvolver câncer) maior do que os outros (HPV tipo 16, 18, 45 e 56) e são os que tem maior importância clínica.
O espectro das infecções pelos HPV é muito mais amplo do que se conhecia até poucos anos atrás e inclui também infecções subclínicas (diagnosticadas por meio de peniscopia, colpocitologia, colposcopia e biópsia) e infecções latentes (só podem ser diagnosticada por meio de testes para detecção do virus).
Alguns trabalhos médicos referem-se a possibilidade de que 10-20% da população feminina sexualmente ativa, possa estar infectada pelos HPV.
A principal importância epidemiológica destas infecções deriva do fato que do início da década de 80 para cá, foram publicados muitos trabalhos relacionando-as ao câncer genital, principalmente feminino.

Complicações/Consequências
Câncer do colo do útero e vulva e, mais raramente, câncer do pênis e também do ânus.

Transmissão
Contacto sexual íntimo (vaginal, anal e oral). Mesmo que não ocorra penetração vaginal ou anal o virus pode ser transmitido.
O recém-nascido pode ser infectado pela mãe doente, durante o parto.
Pode ocorrer também, embora mais raramente, contaminação por outras vias (fômites) que não a sexual : em banheiros, saunas, instrumental ginecológico, uso comum de roupas íntimas, toalhas etc.

Período de Incubação
Semanas a anos. (Como não é conhecido o tempo que o virus pode permanecer no estado latente e quais os fatores que desencadeiam o aparecimento das lesões, não é possível estabelecer o intervalor mínimo entre a contaminação e o desenvolvimento das lesões, que pode ser de algumas semanas até anos ou décadas).

Diagnóstico
O diagnóstico é essencialmente clínico (anamnese e exame físico). Eventualmente recorre-se a uma biópsia da lesão suspeita.

Tratamento
O tratamento visa a remoção das lesões (verrugas, condilomas e lesões do colo uterino).
Os tratamentos disponíveis são locais (cirúrgicos, quimioterápicos, cauterizações etc). As recidivas (retorno da doença) podem ocorrer e são freqüentes, mesmo com o tratamento adequado.
Eventualmente, as lesões desaparecem espontaneamente.
Não existe ainda um medicamento que erradique o virus, mas a cura da infecção pode ocorrer por ação dos mecanismos de defesa do organismo.
Já existem vacinas para proteção contra alguns tipos específicos do HPV, estando as mesmas indicadas para pessoas não contaminadas.

Prevenção
Camisinha usada adequadamente, do início ao fim da relação, pode proporcionar alguma proteção. Ter parceiro fixo ou reduzir numero de parceiros. Exame ginecológico anual para rastreio de doenças pré-invasivas do colo do útero. Avaliação do(a) parceiro(a). Abstinência sexual durante o tratamento.
Em 2006 foi aprovada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a utilização da Vacina Quadrivalente produzida pelo Laboratório Merck Sharp & Dohme contra os tipos 6,11,16 e 18 do HPV, para meninas e mulheres de 9 a 26 anos que não tenham a infecção. Esta vacina confere proteção contra os vírus citados acima, os quais são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero (tipos 16 e 18) e 90% dos casos de verrugas (condilomas) genitais (tipos 6 e 11).



Hepatite B


Conceito
Infecção das células hepáticas pelo HBV (Hepatitis B Virus) que se exterioriza por um espectro de síndromes que vão desde a infecção inaparente e subclínica até a rapidamente progressiva e fatal.
Os sintomas, quando presentes, são : falta de apetite, febre, náuseas, vômitos, astenia, diarréia, dores articulares, icterícia (amarelamento da pele e mucosas) entre os mais comuns.

Sinônimos
Hepatite sérica.

Agente
HBV (Hepatitis B Virus), que é um vírus DNA (hepadnavirus)

Complicações/Consequências
Hepatite crônica, Cirrose hepática, Câncer do fígado (Hepatocarcinoma), além de formas agudas severas com coma hepático e óbito.

Transmissão
Através da solução de continuidade da pele e mucosas. Relações sexuais. Materiais ou instrumentos contaminados: Seringas, agulhas, perfuração de orelha, tatuagens, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos, procedimentos de manicure ou pedicure etc. Transfusão de sangue e derivados. Transmissão vertical : da mãe portadora para o recém-nascido, durante o parto (parto normal ou cesariana). O portador crônico pode ser infectante pelo resto da vida.

Período de Incubação
30 à 180 dias (em média 75 dias).

Diagnóstico
É feito através de exames realizados no sangue do paciente.

Tratamento
Não há medicamento para combater diretamente o agente da doença, tratam-se apenas os sintomas e as complicações.

Prevenção
Vacina, obtida por engenharia genética, com grande eficácia no desenvolvimento de níveis protetores de anticorpos (3 doses). Recomenda-se os mesmo cuidados descritos na prevenção da AIDS, ou seja, sexo seguro e cuidados com a manipulação do sangue.



Infecção por Clamídia

Conceito
Doença infecto-contagiosa dos órgãos genitais masculinos ou femininos. Caracteriza-se pela presença (pode não ocorrer) de secreção (corrimento) uretral escassa, translúcida e geralmente matinal. Um ardor uretral ou vaginal pode ser a única manifestação. Raramente a secreção pode ser purulenta e abundante. Se não tratada, pode permanecer durante anos contaminando as vias genitais dos pacientes. É importante saber que mesmo a pessoa assintomática (portadora da doença mas sem sintomas) pode transmiti-la.

Sinônimos
Uretrite ou cervicite inespecífica, Uretrite ou cervicite não específica, Uretrite não gonocócica (UNG).

Agente
Chlamidia trachomatis.

Complicações/Consequências
Epididimite, proctite, salpingite e sua sequelas (infertilidade), conjuntivite de inclusão, otite média, tracoma, linfogranuloma venéreo, bartolinite, doença inflamatória pélvica (DIP), gravidez ectópica etc. Assim como a gonorréia, é uma das principais causas infecciosas de infertilidade feminina.

Transmissão
Relação sexual. Fômites.

Período de Incubação
1-2 semanas à 1 mes ou mais.

Diagnóstico
Pesquisa do agente em material uretral e/ou vaginal.

Tratamento
Antibiótico oral e local (na mulher)

Prevenção
Camisinha. Higiene pós-coito.



HIV ( AIDS)


Conceito
Síndrome (uma variedade de sintomas e manifestações) causado pela infecção crônica do organismo humano pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus).
O vírus compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar sua tarefa adequadamente, que é a de protegê-lo contra as agressões externas (por bactérias, outros vírus, parasitas e mesmo por celulas cancerígenas).
Com a progressiva lesão do sistema imunológico o organismo humano se torna cada vez mais susceptível a determinadas infecções e tumores, conhecidas como doenças oportunísticas, que acabam por levar o doente à morte.

A fase aguda (após 1 a 4 semanas da exposição e contaminação) da infecção manifesta-se em geral como um quadro gripal (febre, mal estar e dores no corpo) que pode estar acompanhada de manchas vermelhas pelo corpo e adenopatia (íngua) generalizada (em diferentes locais do organismo). A fase aguda dura, em geral, de 1 a 2 semanas e pode ser confundida com outras viroses (gripe, mononucleose etc) bem como pode também passar desapercebida.
Os sintomas da fase aguda são portanto inespecíficos e comuns a várias doenças, não permitindo por si só o diagnóstico de infecção pelo HIV, o qual somente pode ser confirmado pelo teste anti-HIV, o qual deve ser feito após 90 dias (3 meses) da data da exposição ou provável contaminação.

Sinônimos
SIDA, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, HIV-doença.

Agente
HIV (Human Immunodeficiency Virus), com 2 subtipos conhecidos : HIV-1 e HIV-2.

Complicações/Consequências
Doenças oportunísticas, como a tuberculose miliar e determinadas pneumonias, alguns tipos de tumores, como certos linfomas e o Sarcoma de Kaposi. Distúrbios neurológicos.

Transmissão
Sangue e líquidos grosseiramente contaminados por sangue, sêmem, secreções vaginais e leite materno.
Pode ocorrer transmissão no sexo vaginal, oral e anal.
Os beijos sociais (beijo seco, de boca fechada) são seguros (risco zero) quanto a transmissão do vírus, mesmo que uma das pessoas seja portadora do HIV. O mesmo se pode dizer de apertos de mão e abraços.
Os beijos de boca aberta são considerados de baixo risco quanto a uma possível transmissão do HIV.

Período de Incubação
De 3 a 10 (ou mais) anos entre a contaminação e o aparecimento de sintomas sugestivos de AIDS.

Diagnóstico
Por exames realizados no sangue do(a) paciente.

Tratamento
Existem drogas que inibem a replicação do HIV, que devem ser usadas associadas, mas ainda não se pode falar em cura da AIDS.
As doenças oportunísticas são, em sua maioria tratáveis, mas há necessidade de uso contínuo de medicações para o controle dessas manifestações.

Prevenção
Na transmissão sexual se recomenda sexo seguro: relação monogâmica com parceiro comprovadamente HIV negativo, uso de camisinha.
Na transmissão pelo sangue recomenda-se cuidado no manejo de sangue (uso de seringas descartáveis, exigir que todo sangue a ser transfundido seja previamente testado para a presença do HIV, uso de luvas quando estiver manipulando feridas ou líquidos potencialmente contaminados). Não há, no momento, vacina efetiva para a prevenção da infecção pelo HIV.
É necessário observar que o uso da camisinha, apesar de proporcionar excelente proteção, não proporciona proteção absoluta (ruptura, perfuração, uso inadequado etc). Repito, a maneira mais segura de se evitar o contágio pelo vírus HIV é fazer sexo monogâmico, com parceiro(a) que fez exames e você saiba que não está infectado(a).



IMPORTANTE

Na condução do tratamento de uma DST é importante o controle de cura, isto é, a reavaliação clínica e laboratorial após o término do tratamento. Algumas doenças podem persistir apesar da sensação de melhora relatada pelo paciente. Este é também um dos riscos da auto-medicação pois o controle de cura adequado deve ser feito por um médico com vivência nesta área.
Na auto-medicação, além dos riscos de ingerir um medicamento inadequado e sem o conhecimento dos seus potenciais efeitos colaterais, corre-se o risco de camuflar ou mascarar a doença, quando o medicamento, por alguma de suas ações, promover apenas uma melhora dos sintomas, sem determinar a sua cura definitiva.
Cuidado com a "empurroterapia" praticada por balconistas de farmácia. Eu costumo dizer que a mesma equivale a uma "roleta russa" invertida...
As mulheres são mais susceptíveis a infecção e desenvolvem complicações com maior frequência do que os homens, sendo portanto a morbidade das DST maior nas mulheres.
É recomendável que imediatamente antes ou imediatamente depois de sua primeira atividade sexual, independente de sua idade, as mulheres iniciem seu acompanhamento ginecológico, o qual deverá ser no mínimo anual e pelo resto de sua vida.
Em geral, os agentes etiológicos das DST tem o trato genital humano como único reservatório e sobrevivem mal ou não resistem fora do corpo humano.
As doenças sexualmente transmissíveis persistem nas populações humanas caracterizadas por elevados índices de troca de parceiros sexuais.

Pesquisas de comportamento sexual identificaram que índices de maior aquisição de parceiros sexuais são mais frequentes:
-entre homens do que entre mulheres;
-entre os homossexuais masculinos do que entre os heterossexuais;
-entre as pessoas atendidas em clínicas de DST do que entre a
população em geral;
-entre adolescentes e adultos jovens do que entre os adultos mais velhos.

Já existe comprovação de que as doenças que causam úlceras genitais facilitam a transmissão do HIV.

A infecção uretral gonocócica assintomática parece resultar de uma condição estável entre parasita-hospedeiro e pode persistir por até 6 meses caso não seja tratada.

Até pouco tempo, o virus da Hepatite B era o único agente de DST para o qual existia vacina eficaz. Em 2006 foi aprovada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a utilização da Vacina Quadrivalente produzida pelo Laboratório Merck Sharp & Dohme contra os tipos 6,11,16 e 18 do HPV, para meninas e mulheres de 9 a 26 anos que não tenham a infecção. Esta vacina confere proteção contra os vírus citados acima, os quais são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero (tipos 16 e 18) e 90% dos casos de verrugas (condilomas) genitais (tipos 6 e 11).
Em alguns homens pode ocorrer a persistência dos sintomas de uretrite sem sinais objetivos da mesma. Uma secreção mucóide e clara (translúcida) persistente, não caracteriza anormalidade por si só e é relativamente comum mesmo após um tratamento adequado.

O controle (avaliação e tratamento) das(os) parceiras(os) é recomendável em todos os casos de DST.

As recorrências (retorno das manifestações) podem ocorrer e isso deve ser lembrado antes de se atribuir culpa a um(a) parceiro(a) "não confiável".

Um episódio de uretrite não imuniza a pessoa de infecções subsequentes.

Grande parte da lesões iniciais da sífilis passa desapercebida nas mulheres em função de razões anatômicas e pelo caráter não doloroso do cancro primário.

É cada vez mais frequente a associação de dois agentes causando uma uretrite ou vaginite. As associações mais comuns são :
Gonorréia + Uretrite por Clamídia
Gonorréia + Tricomoníase
Tricomoníase + Uretrite por Clamídia

Os programas de controle das DST tem caracteristicas comuns e visam :
-modificação do comportamento de risco
-promoção do uso dos preservativos
-tratamento dos casos sintomáticos
-detecção das infecções assintomáticas
-investigação dos contactos sexuais das pessoas infectadas

No Brasil, as estimativas anuais (Dados de 2003, segundo site do Programa Nacional de DST e AIDS do Ministério da Saúde) de transmissão sexual na população sexualmente ativa são:

Clamídia 1.967.200
Gonorréia 1.541.800
Sífilis 937.000
HPV 685.400
Herpes Genital 640.000

Dados da mesma fonte informam que já foram identificados no Brasil cerca de 433.000 casos de AIDS do ano de 1980, quando foi diagnosticado o primeiro caso, até junho de 2006.

Na suspeita de alguma DST, consulte imediatamente seu médico, assim ele poderá investigar e lhe conduzir ao melhor tratamento de acordo com o caso.
FIQUE ATENTA!